No domingo de páscoa prevê-se o encerramento de 10 urgências no país, nomeadamente de ginecologia e obstetrícia e pediatria, dados revelados no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), número que representa um agravamento em relação ao domingo passado, em que estiveram encerrados 7 serviços. Com o sistema está a funcionar acima das capacidades e sem soluções eficazes para a falta de médicos, é clara "a incapacidade (por parte do governo) de tornar o SNS mais atrativo, para poder captar, contratar, fixar os médicos necessários, tanto nas especialidades mais carenciadas como a ginecologia e obstetrícia, como em muitas outras. Por exemplo, a medicina interna, que é um pilar para o funcionamento dos hospitais ou a medicina geral e familiar", afirmou Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos. "Temos sido contactados, ultimamente, por vários colegas que estão há meses à espera de ser contratados por hospitais do SNS apesar de terem especialidades que são carenciadas. Porquê? Por causa das burocracias que acabam por esmagar a flexibilidade e a agilidade que os Conselhos de Administração deviam ter. Contratar um médico para o SNS pode demorar meses!", lamenta o representante dos Médicos. As vagas para contratação de especialistas em 2025 deveriam ter sido publicadas pelo Ministério da Saúde em março, o que só se verificou a meio de abril. O mapa de vagas foi lançado mais cedo que noutros anos mas não é suficiente: a Ordem dos Médicos apelou várias vezes ao Ministério da Saúde para que as vagas saíssem em janeiro, pois quando os jovens especialistas acabam a formação (em março) já deviam ter noção do mapa e das necessidades do SNS para poderem organizar as suas escolhas. Interrogado sobre as críticas dos médicos de família a este mapa, Carlos Cortes explica: “as vagas que abriram, 579, correspondem a pouco mais de 800 mil utentes e sabemos que em Portugal temos 1 milhão e 500 mil utentes sem médico de família.” Por isso as vagas são insuficientes, razão da crítica legítima destes especialistas. "Este mapa diz-nos pouco sobre o que tem de ser feito no SNS". Devia ser claro quais os incentivos para que os médicos escolham as vagas do SNS, designadamente nas carenciadas. Nesse contexto, de referir que nas zonas carenciadas do interior, desde o nordeste ao sul, não foi criada nenhuma vaga carenciada. Apesar de terem sido criado vagas carenciadas em certas ULS do litoral, "não é a mesma coisa termos falta de uma determinada especialidade num hospital do Porto, Lisboa ou Coimbra, em relação a um hospital do interior, onde o impacto negativo será muito maior. Além disso não se sabe quais as condições para as poucas vagas carenciadas que foram criadas". Acresce que as vagas que ficam por preencher são encerradas, um procedimento pouco lógico do ponto de vista da atratividade. Carlos Cortes reiterou uma vez mais que é necessário “manter as vagas permanentemente abertas pois poderão ser ocupadas ao longo do ano por médicos de fora do SNS, que possam optar por integrar o serviço público e que, dessa forma, poderão ser contratados de imediato. […] Enquanto o SNS não for mais ágil a contratar esses médicos e não os valorizar, teremos sempre dificuldades". Dificuldades essas que têm sido evidenciadas pelos encerramentos contínuos de urgências criando um panorama de graves dificuldades na gestão das escalas no SNS.
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