URGÊNCIA METROPOLITANA DE LISBOA
Porque foram produzidas mais declarações públicas muito pouco acertadas pelos responsáveis da ARS-LVT, a Ordem dos Médicos vem reafirmar o seguinte:
– A ARS-LVT não divulgou as estatísticas que comprovem que há falta de profissionais
– A ARS-LVT não divulgou as estatísticas das urgências para comprovar as suas afirmações
– A ARS-LVT reconhece que a medida visa “um ato de gestão de dinheiros públicos” mas não divulga qualquer estudo que indique se o grau de “poupança”, que será seguramente mínimo, porque é necessário manter urgências internas nos hospitais, equipas de prevenção, manutenção de meios nas duas urgências saltitantes e reforço de meios na urgência “concentrada”, compensa as disfuncionalidades do sistema, as confusões de referenciação, os custos dos transportes entre instituições e o prejuízo dos tempos de atendimento às vítimas, que são inevitáveis.
– A Urgência Metropolitana do Porto serve metade da população que será abrangida pela Urgência Metropolitana de Lisboa, pelo que deveria haver duas Urgências Metropolitanas de Lisboa.
– A Urgência Metropolitana do Porto tem problemas que nunca houve interesse em auditar. Por exemplo, o facto da Urgência de ORL (S. João) e a urgência de Gastroenterologia (Sto. António) estarem em hospitais separados, o que coloca problemas nos casos de corpos estranhos no esófago.
– A Neurologia e a Cirurgia Vascular não foram objecto de concentração na Urgência Metropolitana do Porto, mas serão em Lisboa, sem qualquer estudo e contra o parecer dos Colégios da Especialidade da Ordem dos Médicos.
– Todo o processo foi conduzido secretamente, com o único fito de esconder as suas fragilidades e os problemas potencialmente graves que vão recair sobre as vítimas urgentes e emergentes da Grande Lisboa.
– A Ordem dos Médicos convida o Ministro da Saúde a promover um debate público sobre a Urgência Metropolitana de Lisboa, pois é uma questão demasiado importante para ser sigilosamente decidida por quem não sabe o que é uma urgência hospitalar.
Ordem dos Médicos, 23 de Agosto de 2013
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Parecer_da_OM_e_de_varios_Colegios_Urgencia_metropolitanaLX