Os desafios presentes e futuros que se colocam à área da saúde, face à longevidade da população, ao impacto das alterações climáticas e transição digital, à gestão de recursos e alteração do perfil dos doentes, exigem uma mudança nas estruturas e nas práticas, sustentada a partir da inovação e da humanização da prestação de cuidados.
A Carta é o ponto de partida para a criação de um Movimento que pretende debater e disseminar o conceito de Saúde Relacional, entendido como uma abordagem que visa a melhoria global da prestação de cuidados e a promoção do bem-estar, centrados no incremento da qualidade relacional, que sirva o fim último da promoção da dignidade de todas as pessoas que integram o ecossistema da saúde.
A valorização da importância da qualidade relacional como ingrediente do cuidado é crucial para aproximar os diversos protagonistas e envolvê-los colaborativamente nos processos de promoção de saúde, prevenção e tratamento da doença e nos modelos de gestão dos serviços.
A qualidade relacional é o alicerce da mudança que pretendemos implementar nas estruturas e nas práticas, criando uma cultura de educação para a saúde e de prestação de cuidados que alia a ciência à compaixão.