Miguel Guimarães visitou sexta-feira, dia 16 março, o Hospital de Santo António do Porto para se inteirar do impacto do surto de sarampo e voltou a apelar a todas as pessoas e profissionais de saúdes que se vacinem.
Estamos a falar de um caso de saúde pública e, se uma pessoa não se vacinar, facilmente se propagam doenças que podem ser fatais”, alertou Miguel Guimarães, lembrando que “a maioria dos profissionais de saúde que têm sarampo estão vacinados”, o que não invalida que possam apresentar sintomas da doença.
Havendo, no entanto, outros profissionais de saúde que possam não estar vacinados, a Ordem dos Médicos vai ajudar a promover a recomendação para a vacinação dessas pessoas. “É importante haver um controle efetivo, quer a nível de Medicina Geral e Familiar quer da Medicina do Trabalho, nomeadamente nos hospitais, e que quem não esteja vacinado o faça”, salientou o bastonário.
Sobre a eventualidade de passar a ser obrigatório vacinar todos profissionais de saúde, Miguel Guimarães considera que esta é uma matéria para discussão na Assembleia da República, pelas implicações jurídicas inerentes. “Estamos a falar dos direitos e liberdades individuais dos cidadãos versus o interesse público”, afirmou, destacando que a sensibilização para a vacinação deve ser feita a todos os cidadãos e pelo lado positivo de promoção da saúde.
“Esta é uma questão essencial que o ministro da Saúde, enquanto responsável, já devia pensado e que não deve acontecer só quando existem surtos. A vacinação é uma grande conquista para a saúde pública”, rematou.