As suas palavras iniciais foram de afetividade perante uma especialidade com a qual sempre sentiu uma forte ligação, recordando como exemplo a coordenação eficaz que sempre existiu entre o Serviço de Patologia Clínica e o Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar do Medio Tejo. Carlos Cortes realçou em seguida a visão que partilha com o Colégio da Especialidade, presidido por José Artur Paiva, de que “o crescimento da Medicina Intensiva em Portugal deve acontecer através do crescimento da capacidade de formação de especialistas”, ou seja, melhorando simultaneamente quer as condições da prática da medicina quer dotando os serviços dos meios humanos e tecnológicos essenciais.
Reportando-se aos últimos três anos, o bastonário frisou o merecido “reconhecimento desta especialidade que foi facilmente identificada durante a pandemia como essencial” no contexto de uma grande equipa multidisciplinar “em que a Medicina Intensiva teve, obviamente, um papel central”.
Prosseguiu cumprimentando além dos colegas portugueses, os muitos médicos brasileiros presentes, elogiando esta colaboração que tanto valoriza. “Desde o inicio do meu mandato que tenho apostado muito na ligação com os países de língua portuguesa, nomeadamente com o Brasil, através da CMLP – Comunidade Médica de Língua Portuguesa”, frisou, pedindo aos colegas que “levem essa mensagem para o seu país: os médicos portugueses, e o seu bastonário, querem manter e aprofundar estes laços de aproximação que unem os dois países, nomeadamente nesta capacidade de partilhar e promover ciência e medicina”. Nesse trabalho em prol da ciência, realçou a importância da ligação entre Colégios da Especialidade e sociedades científicas, união que contribui para a evolução das especialidades. Nesse contexto, Carlos Cortes partilhou com os colegas a intenção de criar o fórum científico médico que tem precisamente como mote essa ligação entre colégios e sociedades. Este fórum de discussão e reflexão científica corresponde a uma aposta que este bastonário quer fazer na promoção da capacidade técnica da Ordem dos Médicos e no papel que esta instituição deve assumir plenamente, um papel que Carlos Cortes definiu como “de enorme responsabilidade para contribuir para o desenvolvimento da ciência e da medicina”. “Este será um grande fórum de desenvolvimento científico e médico”, garantiu, mencionando aquele que acredita ser “verdadeiramente o papel dos médicos e da sua Ordem”, concluiu.