O Bastonário da Ordem dos Médicos (OM) defendeu esta sexta-feira a importância do Cuidador Informal, destacando “o papel fulcral que estes assumem no apoio a doentes crónicos ou com demências e na prestação de cuidados a idosos ou crianças com patologias graves. “São pessoas que, muitas vezes, se sacrificam pessoal e profissionalmente para tomarem conta dos outros sem qualquer tipo de contrapartida”, frisa.
Miguel Guimarães defende que os médicos “devem ter um papel importante na elaboração do Plano de Apoio ao Cuidador, nomeadamente no caso de pessoas portadoras de algum tipo de patologia crónica”. O bastonário lembra que esta medida fazia parte das recomendações elaboradas pelo Grupo de Trabalho criado pelo Governo que em setembro de 2017 finalizou um documento intitulado “Medidas de Intervenção junto dos Cuidadores Informais”.
“É fundamental que o médico que acompanha os doentes tenha uma palavra na definição do apoio que é dado aos utentes”, afirma o bastonário. O encaminhamento de cada caso, seja para os Cuidados de Saúde Primários ou para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados ou hospitais, deve ser outra das áreas de intervenção do médico.
Miguel Guimarães salienta que, “desde que devidamente regulamentado, o cuidador informal terá um papel importante na criação de condições para que estes doentes deixem de estar internados sem necessidade, libertando assim camas num SNS já de si debilitado”.
O Bastonário reforça que “é importante criar de medidas de apoio a médio e longo prazo que ajudem a minimizar o impacto do crescente envelhecimento da população e da prevalência de doenças crónicas”.