O bastonário da Ordem dos Médicos relembrou esta semana, em declarações à comunicação social, que os problemas nos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia não se devem à falta de médicos especialistas, mas sim às más condições de trabalho que os profissionais enfrentam todos os dias enquanto tentam salvar vidas e prestar os melhores cuidados possíveis a toda a população.
Miguel Guimarães respondia às declarações do Presidente da República que disse entender que a Ordem dos Médicos “pode ser uma solução para a falta de profissionais, uma vez que define o número de médicos especialistas”.
“Nós estamos a formar cerca de 50 novos especialistas por ano, que é um número claramente bom relativamente ao que são as necessidades do país em termos de obstetrícia e ginecologia. Se nós não conseguirmos que estes especialistas, que se vão formando, fiquem a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) – ou pelo menos a maior parte deles –, vamos continuar a ter sempre um problema”, explicou Miguel Guimarães.
O bastonário sublinhou ainda que são “absolutamente essenciais” medidas estruturais para melhorar “as condições de trabalho no SNS”. Estas condições são definidas pelo Governo e não pela Ordem dos Médicos, concluiu.