Miguel Guimarães visitou esta quarta-feira, dia 25 de julho, o Hospital de Santa Maria para falar com diretores de serviço e muitos internos. Os médicos internos têm denunciado alguns problemas relacionados com o apoio e as horas que dedicam à urgência central, em detrimento da urgência da sua especialidade e com o consequente comprometimento da sua formação especializada, e o bastonário foi perceber a realidade no terreno. “Esta urgência tem alguns problemas, como acontece nos grandes hospitais. É fundamental e urgente que se faça uma reforma dos serviços de urgências dos hospitais, a nível global, no país”, afirmou o bastonário, no final da visita ao serviço de urgência. “Tem de haver uma política de integração com os cuidados primários e continuados e é urgente promover este debate”, reforçou.
Miguel Guimarães, acompanhado de Alexandre Valentim Lourenço, presidente da Secção Regional do Sul, Catarina Perry da Câmara, presidente do Conselho Nacional do Médico Interno e representantes dos Colégios, visitara antes os serviços de Imuno-alergologia, Hematologia, Reumatologia, Endocrinologia e Oncologia onde foi falando com vários internos das especialidades. Entre os problemas partilhados, além da sobrecarga na formação devido às horas dedicadas à urgência central, os internos também se queixaram de ver as suas bolsas de horas “apagadas” do sistema informático ao fim de dois meses, o que se revela, no entender do bastonário, uma injustiça que tem de ser corrigida. Carlos Martins, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, garantiu que as horas desaparecidas em sistema “serão compensadas ou pagas” e que tal se deveu a um erro informático entretanto retificado.