Na semana passada a Ordem dos Médicos tomou conhecimento, através da comunicação social, da demissão de 33 diretores de serviço e coordenadores de unidades do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM), na sequência da nomeação do novo diretor clínico, Mário Pereira. Situação encarada com muita preocupação pelo bastonário que prontamente se deslocou à Região Autónoma da Madeira para reunir com os colegas e com o Secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos. Mais tarde, o bastonário “deu” ainda posse ao novo Conselho Médico da Madeira da Ordem dos Médicos, que passa a ser presidido, até 2022, pelo oftalmologista Carlos Martins.
Sobre os problemas resultantes da nomeação do novo diretor clínico do hospital madeirense, Miguel Guimarães considera que deve “ser feita uma consulta pública”, através do Conselho de Administração, onde todos os médicos possam dar um parecer sobre o novo diretor clínico. “Acho que deve ser feita uma consulta pública, através do Conselho de Administração [do Sesaram], aos médicos que devem ser ouvidos. Esta não é uma solução nova, isso fazia-se no passado, é uma solução para desfazer todas as dúvidas. É importante que os médicos levantem a sua demissão, ou seja, anulem o seu pedido de demissão, mas, em contrapartida, seja feita uma consulta a todos os médicos sobre quem é que deve ser o diretor clínico”, defendeu.
Em declarações aos jornalistas, o bastonário disse que aquilo que é importante “é que os médicos que estão na Madeira, e que fazem um trabalho extraordinário, continuem a trabalhar da mesma maneira e que não saiam para o setor privado e deixem o setor público, porque se começa a acontecer na Madeira aquilo que tem acontecido no continente, é uma desgraça”.
Em entrevista à RTP Madeira, Miguel Guimarães aflorou a situação. Pode ver e ouvir a intervenção do bastonário da Ordem dos Médicos AQUI