No dia em que são conhecidos os dados do relatório sobre transplantes do Conselho da Europa, Miguel Guimarães faz um reconhecimento público do trabalho dos clínicos nesta área em Portugal, país que ocupa a sexta posição na tabela mundial em número de doentes transplantados. “Estes dados vêm confirmar que o nosso país tem equipas de excelência e uma Medicina de reconhecida qualidade”, sublinha o bastonário.
Portugal é o terceiro país do mundo com mais dadores de órgãos para transplantação (32,7 dadores falecidos por milhão de habitantes) e o sexto em total de doentes transplantados realizados (79 por milhão de habitantes). Os dados, agora revelados no relatório sobre transplantação do Conselho da Europa, merecem o reconhecimento público aos médicos por parte do bastonário da Ordem dos Médicos. “É fundamental reconhecer a excelência da nossa Medicina e enaltecer a qualidade das boas práticas médicas. A área da transplantação é uma das que tem provado que estamos em franca evolução em termos de excelência”, afirma o bastonário da OM, Miguel Guimarães.
Este ano assinala-se ainda o 25º aniversário da transplantação hepática, efeméride que, no início de dezembro, mereceu uma homenagem a Eduardo Barroso, coordenador do Centro Hepato-Bilio-Pancreático e Transplantação do Hospital Curry Cabral, onde foram realizados 134 transplantes em 2016. “Nunca um centro europeu fez tantos transplantes e fazemo-lo sem importar cirurgiões”, destacou Eduardo Barroso, lembrando que “nem nos tempos da Troika, quando foi cortado o financiamento, se deixou de fazer um transplante aos fins de semana e feriados”. Em 2017, o total já ultrapassa largamente as 100 cirurgias.