A World Medical Association (WMA) reuniu entre os dias 20 e 23 de abril, em formato online, mas a partir da cidade de Seoul, para a sua 217ª reunião do conselho. Estariam em cima da mesa as eleições para a mesa da associação, bem como temas da atualidade onde a pandemia e o processo de vacinação foram assuntos inevitáveis. Além disso, foram discutidos os riscos e os benefícios da chamada “saúde digital”, bem como o crescimento – a nível mundial – de litígios relativos a alegadas responsabilidades médicas.
A Ordem dos Médicos portuguesa participou ativamente nestes 4 dias de reunião, nomeadamente através do bastonário, Miguel Guimarães. Para os médicos portugueses, esta representação reveste-se de uma importância estratégica, colocando na agenda as preocupações da classe médica nacional, mas também, simultaneamente, ficando a par dos grandes desafios do setor da saúde a nível global.
Foi exatamente a solidariedade global um dos principais temas em cima da mesa, nomeadamente no combate à pandemia de COVID-19. Os líderes da Associação Médica Mundial demonstraram a sua preocupação com o agravamento da pandemia em países com o Brasil e a Índia, lembrando que ninguém estará a salvo até que todos estejamos a salvo. Como tal, nesta reunião foi feito um forte apelo de apoio internacional que inclui oxigénio, vacinas e outros equipamentos que são necessários em países com maiores dificuldades no controlo do vírus. “A pandemia não vai terminar até que a COVID-19 seja travada em todas as nações e este é um tempo de cooperação, solidariedade e apoio mútuo”, declarou o conselho. A mesma resolução reconheceu ainda os “enormes desafios” que os médicos enfrentaram, e ainda enfrentam, para tentar salvar vidas, mesmo sem ter todas as condições desejáveis.
No que diz respeito ao funcionamento interno da Associação Médica Mundial, o “chairman” Frank Ulrich Montgomery foi reeleito para um segundo mandato à frente da organização.