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Assembleia de Representantes aprova criação da especialidade de Medicina de Urgência e Emergência

A Assembleia de Representantes, órgão com maior representatividade na Ordem dos Médicos, votou esta semana – e aprovou – a criação da Especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, além de várias Subespecialidades. O dia 23 de setembro de 2024 tornou-se assim um dia histórico ao encerrar um processo que teve início na Ordem dos Médicos há mais de 20 anos. Ainda recentemente, em dezembro de 2022, um projeto anterior havia sido chumbado pela Assembleia de Representantes. “Felicito todos os que participaram neste processo, nomeadamente os membros dos colégios das várias especialidades e da Assembleia de Representantes. Foram vários meses de um trabalho e diálogo intensos para criar esta especialidade com o maior consenso possível”, fez questão de enaltecer Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos. A proposta foi levada a esta Assembleia pelo internista que preside à SRCOM, Manuel Teixeira Veríssimo, que coordenou o grupo nomeado por Carlos Cortes em março de 2024, grupo cujo trabalho culminou na proposta que viabilizou o nascimento da Especialidade de Medicina de Urgência e Emergência. Reconhecendo a relevância deste passo, é preciso lembrar que a criação da especialidade de Medicina de Urgência e Emergência não será a solução de todos os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pois não irá, por exemplo, acabar com a falta de médicos. O Bastonário tem alertado que as dificuldades sentidas no SNS, nomeadamente nas urgências, não vão desaparecer de um momento para ou outro. Por agora, ainda falta a homologação da criação da especialidade e do programa de formação pelo Ministério da Saúde. Ou seja, a possibilidade de iniciar o respetivo internato em 2025 está dependente da tutela pois só após essa homologação é que se poderá avançar para a admissão por consenso e, posteriormente, para a formação de especialistas.