Durante a Assembleia de Representantes que decorreu esta semana na sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, o Bastonário alertou que, “em relação ao ato médico, não basta defendê-lo, é preciso que haja uma estratégia coesa e bem delineada”. Com esse pressuposto, o Conselho Nacional da Ordem dos Médicos criou uma estrutura única na Saúde em Portugal: o Observatório do Ato Médico. Os delegados à Assembleia de Representantes foram consensuais na análise da importância primordial deste Observatório, tendo votado favoravelmente, por unânimidade, o envolvimento direto mediante a nomeação de três representantes que irão fazer parte da equipa está a ser criada. O dirigente alertou que os ataques ao ato médico são “lesivos do superior interesse do doente e do desenvolvimento da própria medicina”. Nesta assembleia, Carlos Cortes enquadrou a oposição da Ordem dos Médicos em relação ao dossier do estatuto – “que não está de modo nenhum encerrado” – subsistindo vários aspetos que merecem clara oposição da Ordem. “Independentemente das pressões que possam vir a existir, jamais esta direção, comigo como Bastonário, aceitará que um médico não qualificado tenha acesso a uma especialidade médica em Portugal”, garantiu, numa posição de defesa intransigente da qualidade da medicina.