A APDSI – Associação Para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, reuniu com a Ordem dos Médicos tendo alertado para o que designa como “políticas públicas defensivas e burocráticas” no que se refere ao sistema de controlo e integração de imigrantes em Portugal.
A APDSI é uma organização não governamental com o estatuto de utilidade pública, que tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade da informação inclusiva, participativa e segura, potenciando um desenvolvimento económico e social com impacto na globalidade dos cidadãos, facilitando novas abordagens para os desafios atuais e futuros e promovendo a inclusão dos cidadãos, divulgou recentemente a sua tomada de Posição “Sobre o sistema de controlo e integração de imigrantes em Portugal”.
A tomada de posição da APDSI surge após a identificação de que a última grande vaga de imigrantes que chegaram a Portugal acarretou “uma carga excessiva sobre as estruturas do Estado” mas também que se “dificultou cada vez mais o registo temporário de imigrantes”, gerando “guetos de exclusão social nas grandes áreas metropolitanas e nalgumas zonas do país”. A APDSI considera urgente ultrapassar “posturas reativas, defensivas e burocráticas nas políticas públicas, nalgumas das estruturas e na gestão da informação, de que podem resultar consequências graves para os sistemas dos serviços públicos, para a economia e para a sociedade portuguesa em geral”.
Para ultrapassar esses obstáculos, é necessário recorrer a um “uso adequado de tecnologias digitais”, de forma a “integrar os imigrantes no desenvolvimento de todo o território e, em especial, protegê-los de redes que traficam e escravizam seres humanos, passando a colocar o Estado no centro das políticas públicas de imigração universais e inclusivas, com um propósito comum e sistémico centrado na resolução dos eventos de vida de todos os cidadãos nacionais e estrangeiros residentes em Portugal”.