Morreu o ‘pai do Serviço Nacional da Saúde’ (SNS). António Arnaut foi sempre um defensor acérrimo do SNS, dos profissionais de saúde e dos doentes. A ele se deve não só a génese do SNS, mas também a sua defesa continuada em diversas circunstâncias.
O conhecimento, entusiasmo e atenção que sempre dedicou ao SNS foi bem traduzido nas palavras sinceras com que enalteceu o SNS como “uma das maiores conquistas da nossa democracia e o principal fator de coesão social”.
Para António Arnaut, grande defensor dos direitos, liberdades e garantias das pessoas, proteger o SNS é defender um dos direitos fundamentais dos cidadãos, o direito ao acesso a cuidados de Saúde em condições de equidade.
Personalidade de caráter íntegro e conhecimento profundo do nosso sistema de saúde, António Arnaut manteve-se sempre intimamente envolvido com a organização do SNS e revelou sempre uma preocupação constante com a Saúde em Portugal. De tal forma que é dele, em parceria com João Semedo, a recente redação proposta para a nova Lei de Bases da Saúde publicada em livro com o título “Salvar o SNS”.
“Restituir ao SNS a sua dignidade constitucional e a sua matriz humanista” era o seu propósito, palavras próprias de um homem humilde que nos deixa um legado que o país deve e tem de saber honrar.
Em nome de todos os médicos e da Ordem dos Médicos, apresentamos os nossos sentidos pêsames à família e aos amigos.
O país perdeu hoje um herói nacional, o herói do SNS.
A Ordem dos Médicos continuará a honrar o seu legado e a sua memória.
Portugal, 21 de maio de 2018.
Presidentes Conselhos Regionais Norte, Centro e Sul da Ordem dos Médicos
Bastonário da Ordem dos Médicos