+351 21 151 71 00

Ajuda humanitária no Líbano

Ajuda de emergência e humanitária: Andreia Castro é uma médica portuguesa de 34 anos que, apesar da complexidade dos tempos que vivemos, não ficou indiferente à tragédia que se abateu sobre Beirute, para onde viajou sozinha, poucos dias após a explosão, com um único objetivo: ajudar o povo libanês. Consigo levou “apenas” a vontade de ajudar e algum material médico doado pelo Hospital da Luz, no qual trabalha. A médica descreveu como os serviços de urgência ficaram cheios obrigando a uma seleção de prioridades e, uma semana mais tarde, ainda havia muitos doentes com feridas (com vários dias de evolução) ainda não tratadas, explicando a necessidade de apoio médico para conseguir dar resposta.

Criou a iniciativa “Ajudar Beirute”, através da qual tem comprado máscaras, desinfetante e medicamentos para distribuir e – graças ao apoio da Fundação Mirpuri e da companhia aérea Hi Fly – conseguiu que fosse enviado ontem para a capital do Líbano um Airbus A340 com 3 toneladas de ajuda médica que esta médica em regime de voluntariado conseguiu juntar e que inclui, por exemplo, a oferta da Fundação Mirpuri de 1800 doses individuais de medicamentos e material hospitalar.

A explosão que ocorreu dia 4 de agosto devastou o porto e alguns bairros de Beirute e que provocou quase 200 mortos e mais de 6.000 feridos.

Numa entrevista à SIC Notícias, a Andreia Castro explicou que “as coisas são extremamente caras. Posso dizer que hoje gastei cerca de mil euros. Destes mil euros, eu só consegui comprar 85 máscaras especializadas para profissionais de saúde de primeira linha que estão no combate à COVID-19 e 40 litros de desinfetante”, explicando a existência de um monopólio dos fornecedores deste tipo de material que só pode ser ultrapassado com ajuda internacional.

 

A médica refere que a iniciativa “nasceu de uma ação voluntária individual e sem qualquer apoio institucional” e que se “dinamizou unicamente graças às redes sociais”. Para saber mais visite: IG@me_across_the_world