O Governo português está a promover cursos de português para médicos(as) ucranianos(as), anunciou a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins. A medida resulta do apelo do Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e tem como objetivo facilitar a integração e a atuação destes médicos no nosso sistema de saúde.
Em declarações à Lusa no início do mês, o Bastonário alertou para a falta de instrumentos desses médicos – sobretudo mulheres – para poderem exercer a sua profissão. “Portugal abriu os braços às médicas ucranianas refugiadas (há um médico ou outro, mas que já cá estavam antes do início da guerra), mas depois não lhes deu os instrumentos adequados para poderem seguir a sua vida com maior normalidade”, disse na altura Carlos Cortes.
As dificuldades originadas pela barreira da língua impedem atualmente mais de 100 médicos(as) ucranianos(as) de trabalhar, apesar de terem formação e experiência adequadas.
Em 2024, uma das cinco nacionalidades de médicos estrangeiros mais representadas em Portugal era precisamente a ucraniana, com 4,1% do total de médicos oriundos de outros países que não o nosso.