Após o anúncio, esta semana, da criação de 20 Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo C, o Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, fez questão de frisar que o fundamental é que se reforce o SNS para dar resposta aos mais de um milhão e meio de portugueses que continuam sem ter médico de família atribuído. “Independentemente dos modelos considerados, estes devem basear-se em premissas obrigatórias, como o aumento do acesso dos utentes, a garantia de padrões de qualidade nos cuidados de saúde que possam ser monitorizados e avaliados, a contratação de médicos especialistas e a liderança médica. Conceitos que se devem sobrepor a outros interesses, especialmente de natureza económica”, frisou o Bastonário. A necessidade de avaliação – nomeadamente quando se implementa quaisquer novos modelos organizacionais – a par da transparência quanto aos resultados são valores que a Ordem dos Médicos defende como fundamentais.