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Ministério deve melhorar a política de recursos humanos para fortalecer o SNS

A Ordem dos Médicos quer ajudar o Serviço Nacional de Saúde a ultrapassar os momentos difíceis que está a vivenciar. Para isso, tem apresentado diversas propostas que podem ajudar o Ministério a captar mais médicos para o SNS. Sabendo que a dotação dos serviços é fundamental para assegurar a segurança dos doentes, este foi um dos temas levados à reunião com a Ministra da Saúde: a mudança da política de recursos humanos, de forma a captar – e fixar – os especialistas necessários no serviço público. Carlos Cortes lembrou algumas das matérias que considera essenciais, especialmente em termos técnico-científicos: implementação de plataformas de apoio à decisão clínica, garantia de uma formação de excelência o que passa também pela celeridade dos procedimentos de aprovação dos programas de formação. Entre os aspetos que a Ordem considera absolutamente essenciais estão a qualidade na prestação dos cuidados de saúde, a segurança clínica e a liderança médica com valorização efetiva da Carreira Médica. Frisando a obrigação do Ministério da Saúde em desenvolver uma política de recursos humanos que fortaleça o SNS, o Bastonário entregou a Ana Paula Martins o relatório preliminar do grupo de trabalho de acompanhamento das ULS, numa demonstração de colaboração mas também numa posição firme de defesa da qualidade. O Governo e o Ministério têm a incumbência de proporcionar condições de atratividade de forma a dotar o SNS de recursos humanos suficientes. Uma medida que a Ordem dos Médicos considera fundamental é que haja maior eficiência nos concursos lançados para contratação dos recém-especialistas pois só com processos céleres será possível evitar que esses médicos optem por deixar o serviço público, privando o SNS dos recursos que tanto necessita.

A Ordem dos Médicos está a analisar “todas as matérias” em que possa colaborar para resolver o “momento difícil” que o SNS atravessa atualmente, afirmou o Bastonário em declarações à imprensa. O representante dos médicos deixou claro que a instituição não irá nunca transigir em questões de qualidade técnico-cientifica ou segurança clínica e alertou que “as medidas que têm de ser tomadas são as que promovem uma medicina de qualidade e que conseguem captar os médicos necessários para o SNS”.