A cerimónia de homenagem aos médicos do distrito de Coimbra que completaram 25 e 50 anos de inscrição na Ordem dos Médicos decorreu no passado fim de semana, tendo contado com a presença do Bastonário. Carlos Cortes faz questão de estar, em todo o território nacional, junto dos colegas, nestes momentos em que são agraciados pela sua Ordem. Nas palavras dirigidas à s dezenas de médicos presentes, responsáveis pelos bons resultados em saúde que se foram alcançando ao longo de décadas, o Bastonário lembra como todos somos mestres e discÃpulos, em diferentes momentos da vida e da carreira. Para Carlos Cortes o encontro geracional traduz a essência da medicina e demonstra os princÃpios éticos basilares que impelem os profissionais mais experientes a transmitir o seu conhecimento e que exigem dos mais novos a aprendizagem e atualização permanentes. Nestas reuniões, Carlos Cortes tem exortado os médicos de todas as gerações a “preservar a relação médico-doente”, sempre com o máximo respeito pelo outro, aquele que sofre e que se coloca nas mãos do médico.
A cerimónia contou ainda com as intervenções de Manuel Teixeira VerÃssimo, Presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Ana Antunes, Presidente do MedUBI – Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior, António Costa, Presidente do Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de Coimbra e Pedro Peres, Vice-presidente da ANEM – Associação Nacional de Estudantes de Medicina.
“Celebramos hoje o Dia do Médico, dia em que pretendemos chamar à atenção para a nobreza de uma profissão que estando habituada a dar o seu melhor em cada situação é essencial para a saúde e bem estar da população. Se Portugal tem hoje, no mundo, uma das melhores esperanças de vida à nascença, seguramente que uma quota parte desse sucesso se deve à qualidade dos médicos portugueses”, enalteceu Manuel Teixeira VerÃssimo dirigindo-se aos colegas presentes neste encontro, frisando o “elevado sentido de missão” e o altruÃsmo destas gerações de médicos. “À geração com 50 anos de carreira devemos a construção do SNS”, agradeceu, lembrando que foram estes os profissionais que levaram o serviço médico à periferia. Aos que fazem 25 anos de carreira enalteceu o facto de serem “a geração que nas últimas duas décadas tem vindo a suportar o SNS”, ainda que num contexto de “progressivas dificuldades”. O Presidente da SRCOM não escondeu as dificuldades quer para os profissionais – “Médicos desmotivados, (…) médicos que optam por trabalhar no setor privado ou emigrar” – quer para os doentes. “Em suma, deficitária resposta à população”, deixando um “apelo à revitalização do SNS”, que inclua melhorias das condições de trabalho e respeito pelas carreiras.