Com uma posição muito crítica em face do subinvestimento que se arrasta há décadas no SNS e que nos deixa “muito abaixo da média da OCDE”, quanto à despesa com a saúde em termos de percentagem do PIB, a Ordem dos Médicos, através do seu Bastonário, alertou que a situação “não se recupera de um ano para o outro” e, por isso, é “preciso continuar a investir mais no SNS. Portugal “está agora nos 6% do PIB, mas esteve sempre muito abaixo”, explicou Carlos Cortes à imprensa. O dirigente lembrou que a principal dificuldade do serviço público de saúde é, fruto da falta de investimento em capital humano, a falta exacerbada de médicos especialistas. “A Ordem dos Médicos tem inscritos cerca de 60 mil médicos e o SNS só tem 20 mil médicos especialistas”. É preciso ser mais atrativo para que os médicos especialistas não continuem a optar por emigrar ou por ingressar no setor privado. Esse, sublinha Carlos Cortes, tem que ser “o grande esforço”: “tornar o SNS mais atrativo”. Este ano há 2.242 vagas para formação de médicos especialistas, o maior número de sempre, mas esse de número de nada servirá se o SNS não conseguir criar condições para fixar os médicos de que necessita.
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