A Ordem dos Médicos propôs ao Ministério da Saúde acabar com os atestados médicos de curta duração, até três dias. A medida pode ajudar a descongestionar urgências e centros de saúde.
Em entrevista à agência Lusa quando se cumpre, esta sexta-feira, um ano sobre a sua eleição como bastonário, Miguel Guimarães entende que os atestados médicos de curta duração “não deviam ser necessários”, bastando ao trabalhador responsabilizar-se pela justificação da sua ausência ao trabalho motivada por doença temporária.
Para evitar abusos, a legislação laboral podia ser adaptada de forma a impedir a repetição consecutiva de justificações de doença sem atestado médico.
“Acho que é preciso dar responsabilidade às pessoas naquilo que é a sua atividade profissional”, afirmou Miguel Guimarães ao Fórum TSF. “Teria um impacto significativo ao nível dos serviços de urgência e centros de saúde.” Muitas pessoas recorrem a estes serviços por questões menos graves – uma dor de cabeça, indisposição, etc – e esta medida induziria “menos procura aos serviços de urgência”.
“Esta seria uma ideia que permitiria melhorar o sistema de saúde”, concluiu.