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A violência no local de trabalho afeta praticamente todos os sectores, mas, segundo a Organização Mundial de Saúde, o setor da saúde apresenta um maior risco (WHO, 2002). Apesar de todos os anúncios que têm sido feitos relativamente ao aumento da prevenção da violência contra profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e desse combate ser uma prioridade definida pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) e pela Direção-Geral da Saúde, concretizada no Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde, a verdade é que os números têm continuado a piorar. Em Portugal, em 2024, segundo o relatório tornado público esta semana, foram comunicados 2581 episódios de violência, o que representa um aumento de 9% face a 2023, incluindo: 1703 casos de violência psicológica, 578 casos de violência física, 171 casos de assédio moral e 129 casos de outras formas ou não especificadas. Estes episódios resultaram em 1185 dias de ausência ao trabalho dos profissionais afetados. Sendo a atratividade um dos problemas mais graves do SNS que põe em causa a fixação de profissionais, não é de relevar que as condições adversas de trabalho tornam mais difícil atrair novos médicos e reter médicos experientes, exacerbando a escassez de profissionais de saúde (EU-OSHA - Healthcare and social sector, 2014). "A Ordem dos Médicos já transmitiu ao Ministério da Saúde um conjunto de propostas para atenuar esta situação, cada vez mais grave e inadmissível. Temos de ter tolerância zero”, defende Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, realçando a importância da dissuasão.  “Apesar da lei ser mais dura em casos mais extremos, a lei deveria ser mais dura em todos os casos de violência contra profissionais de saúde. Temos de ter uma lei adaptada à necessidade de travar a violência, do ponto de vista do agravamento das sanções”, frisou aos jornalistas. 

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