Homenagem
António Damas Mora era um homem com uma personalidade franca e aberta, fazendo, por isso amigos (e inimigos!) com facilidade.
Inteligente, culto, dotado de senso de humor, cosmopolita, sabia conjugar estas qualidades com uma grande capacidade de liderança.
Cultor do princípio “mens sana in corpore sano” preocupava-se com a preparação física, fazendo grandes caminhadas diariamente.
Casado, teve duas filhas e dois filhos, estes últimos também médicos: Mário, imunoalergologista e tisiologista, em Lisboa, e Fernando, médico tropicalista, como o pai, em Moçâmedes (Angola).
Politicamente era um republicano, o que não impediu que o governo de então (1936) o nomeasse Director do Instituto de Medicinal Tropical de Lisboa.
Luiz Damas Mora
23/10/17
Datas
Antonio Damas Mora (1879-1949)
Nasceu em Rio de Moinhos (Abrantes) em 1879.
Licenciado em Medicina na Escola-Médico Cirúrgica de Lisboa em 1901.
Alistado no Exército em 1896, tendo na carreira militar atingido o posto de Coronel-Médico (1923).
Delegado de Saúde entre 1902 e 1910, na Ilha do Príncipe, onde teve participação activa no combate à doença do sono.
Director dos Serviços de Saúde em Timor, entre 1914 e 1919.
Director Interino da Direcção de Saúde do Ministério das Colónias entre 1920 e 1921.
Requisitado, em 1921, por Norton de Matos para desempenhar o lugar de Director dos Serviços de Angola, onde põe em campo os seus princípios de uma Medicina Social, criando a Assistência Médica aos Indígenas e combatendo as endemias, nomeadamente, a doença do sono. Manteve-se neste lugar até 1934.
Em 1923, organiza e chefia o 1º Congresso Internacional de Medicina Tropical da África Ocidental.
Em 1926, participa no âmbito da Organização de Saúde da Sociedade das Nações numa longa viagem de estudo na África Ocidental (“Tour” de Dakar).
Em 1928, é nomeado Governador-Geral Interino de Angola.
Em 1934, é nomeado Director dos Serviços de Saúde de Macau.
Em 1936, é nomeado Director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa, cargo que exerce até 1939.
Recebeu numerosos louvores e as mais altas condecorações dos governos belga e português.
Faleceu em 5 de Junho de 1949.
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