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Carlos Cortes quer aprofundar diálogo interno na OM

Assembleia de Representantes será um espaço privilegiado de debate e aprofundamento de diálogo dentro da Ordem dos Médicos, defende o bastonário Carlos Cortes, numa visão partilhada por muitos colegas.

A Assembleia de Representantes elegeu a nova mesa que passa a ser presidida pelo oftalmologista João de Deus, dirigente com uma vasta experiência na OM, nomeadamente no departamento internacional que tem coordenado nos últimos anos. Ao seu lado estarão Lurdes Gandra e Elsa Gaspar, respetivamente vice-presidente e secretária da mesa da AR.

Reconhecendo “o trabalho de quem se dedica à OM abdicando da sua vida familiar e social para o poderem fazer”, o bastonário Carlos Cortes iniciou a sua intervenção com um agradecimento a todos os que terminaram o mandato, por tudo o que fizeram em prol da OM, e aos que chegam pela aceitação deste desafio. Nesta fase pós-eleitoral, “momento de novos projetos e visões para a instituição”, Carlos Cortes enalteceu a natureza da Assembleia de Representantes como órgão mais democrático da Ordem dos Médicos, facto que tem o seu fundamento na eleição por método de Hondt, o que se traduz na inclusão de membros de todas as listas candidatas às últimas eleições.

Nesta reunião magna dos representantes de todas as listas que se candidataram aos órgãos diretivos da instituição, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, apresentou a proposta de nomeação de três membros para integrar o Conselho Nacional com é seu direito estatutário. A sua escolha recaiu sobre os médicos Caldas Afonso, Patrícia Pacheco e Marques Neves, “pessoas de grande seriedade e profissionais reconhecidos entre pares”, cuja nomeação foi aprovada pela Assembleia de Representantes. Carlos Cortes fez questão de, previamente à votação, enquadrar o percurso pessoal e profissional destes três médicos, com os quais quis representar as três regiões da OM mas também a diversidade de especialidades, conhecimentos e experiências, criando assim um conjunto tão coeso quanto experiente e complementar.

A Assembleia de Representantes é “um órgão plural como é desejável”, o que faz com que o debate seja mais rico e decorra num “ambiente único”, enquadrou, transmitindo a sua visão: “Não quero que a AR seja apenas um órgão para aprovar documentos; acho que temos condições excecionais de diversidade e representatividade de todos os médicos a nível nacional para podermos aprofundar temas e discussão de questões relevantes para a classe médica”. Com esse desejo de debate e participação democrática, Carlos Cortes comprometeu-se a pugnar sempre pelo “cuidado do diálogo e discussão atempada” para que os seus membros possam “votar de forma mais consciente”. “Quero que os órgãos da direção da OM possam funcionar em equipa – começando pelo seu Conselho Nacional, Conselhos Regionais, órgãos sub-regionais e conselhos médicos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira”.

 

O bastonário Carlos Cortes saudou na sua intervenção a anterior assembleia que “fez um trabalho magnifico pois aprovou documentos importantíssimos para a OM” entre os quais mencionou a constituição das equipas de urgência. Nesse contexto enalteceu a troca de ideias e a reflexão que se faz nesta reunião de médicos tão representativa a nível nacional.

Esta Assembleia de Representantes abriu com a mesa presidida por Alfredo Loureiro que, antes de passar o testemunho aos novos eleitos, fez questão de, claramente emocionado, frisar a honra que sentiu no exercício do cargo de presidente da AR, recordando outros cargos como a presidência do Colégio da Especialidade de Nefrologia ou a participação em nome da OM no Permanente Group of Junior Doctors há muitos anos atrás. Deixou palavras de agradecimento à vice-presidente Mónica Vasconcelos e à secretária Maria Manuel Deveza, essenciais para o desenvolvimento do trabalho. “Amigas e leais e, aqui”, frisou, “a lealdade é dizer o que pensam”. Agradeceu ainda à funcionária da OM Carla Febrónio e à jurista Paula Quintas, por todo o apoio dado. De forma rápida enquadrou ainda o funcionamento da assembleia e alguns assuntos que ficaram pendentes para esta nova AR decidir futuramente, se assim o decidirem os novos membros.