Por iniciativa da Ordem dos Médicos, já pode ser observada, no Passeio Carlos do Carmo, em Belém, desde sexta-feira (dia 10 de fevereiro), a escultura “Heróis da Pandemia” edificada em homenagem ao trabalho, humanismo, solidariedade e resiliência dos médicos portugueses, não só durante o período mais agudo da pandemia, como durante todos os dias em que o seu papel é decisivo para a saúde de todos os cidadãos.
A obra é da autoria do mestre Rogério Abreu e contou com o apoio da autarquia de Lisboa.
O novo “marco” da zona ribeirinha da cidade de Lisboa foi inaugurado pelo principal promotor da iniciativa, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, bem como pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro. Na cerimónia estiveram também presentes várias personalidades da área da Saúde, inclusivamente a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, a ex-ministra, Maria de Belém Roseira, antigos bastonários, como Gentil Martins, Pedro Nunes e Germano de Sousa, e vários dirigentes da Ordem dos Médicos.
Miguel Guimarães referiu na cerimónia que esta homenagem é “o reconhecimento público” que a Ordem decidiu que devia ser dado aos médicos, que durante a pandemia tiveram “um papel notável, uma capacidade de liderança, de resiliência, de humanismo, solidariedade, de trabalho de equipa”, que permitiu dar uma resposta adequada aos doentes com Covid-19, mas também aos outros doentes que não podiam ser deixados para trás.
O conjunto escultórico, feito em aço inoxidável, com aproximadamente 3,50 metros de altura por 1,50 metros de largura, representa as faces de uma médica e de um médico cobertas com máscaras, em que sobressai o olhar que parece brilhar com o sol refletido no rio Tejo. Para o mestre Rogério Abreu, o local onde as esculturas prateadas foram colocadas não podia ser melhor: “O sítio é sem palavras. É esplêndido”, exclamou no local à agência Lusa.
Também em declarações à Lusa, Miguel Guimarães referiu que esta “é uma homenagem que vem trazer luz a um espaço que é um espaço belo, um espaço de reflexão. Um espaço que também apela àquilo que são os nossos sentimentos mais interiores. E, portanto, estou muito satisfeito”, vincou, agradecendo o apoio do autarca Carlos Moedas, que “desde a primeira hora se mostrou bastante interessado e apoiou imenso este projeto”.
Carlos Moedas também enalteceria o papel dos médicos, afirmando que, “mais do que tudo, são a face humana”, que está representada nas esculturas. “É a face humana que tivemos durante esta pandemia, é a face humana que temos todos os dias nesta nobre arte de ser médico”, sublinhou.