+351 21 151 71 00

“Património imaterial da pandemia”

             Durante dois anos, Filipe Froes, pneumologista e coordenador do Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos, e Patrícia Akester, investigadora e docente na área do direito, escreveram e publicaram várias crónicas sobre a pandemia, no Diário de Notícias. Na passada segunda-feira, na biblioteca do Grémio Literário, as suas crónicas foram apresentadas num livro intitulado “A Pandemia que revelou outras pandemias: Contributos para o Conhecimento”.

                A apresentação da obra contou com a presença do Almirante Gouveia e Melo, ex-coordenador da Task Force para a vacinação contra a Covid-19 e autor do prefácio do livro. O chefe Chefe do Estado-Maior da Armada expressou uma grande admiração pelos autores e pelos seus “artigos de alta qualidade”, que ilustram “a evolução da pandemia” e o seu combate a nível nacional e internacional. Destacou ainda o “pensamento crítico” que serviu para “informar, esclarecer e desmistificar as dúvidas” dos portugueses, com base na ciência e sustentando-se no conhecimento.

                O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, também marcou presença no evento, considerando que o livro ficará para “a nossa história”. Uma obra “que deve ser divulgada e estudada, que nos mostra as razões das nossas dúvidas, que nos apresenta as fundamentações das nossas escolhas, que nos ajuda a pensar e a fazer acontecer, que nos inspira a liderar e a libertar os nossos medos,” disse, classificando estas crónicas como “património imaterial da pandemia”. Miguel Guimarães destacou o papel crucial que Filipe Froes desempenhou no combate à pandemia e no Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos, referindo que “a competência, a solidariedade e a empatia”, são apenas algumas das características que definem o colega e amigo. Já sobre Patrícia Akester, o bastonário salientou o percurso profissional da jurista como “um grande exemplo de liderança global, no feminino”, elogiando ainda o seu grande conhecimento e conquistas.

                Por sua vez, Rosália Amorim, diretora do Diário de Notícias, jornal que editou o livro, considerou os verbos “questionar” e “resistir” como os mais marcantes dos textos, que considera terem como missão “descodificar aquilo que parece indecifrável e tornar simples as coisas complexas”, além de “informar a sociedade” e combater as Fake News.

                Os autores consideraram a publicação das suas crónicas nesta obra, “A Pandemia que revelou outras pandemias: Contributos para o Conhecimento”, uma “realização” e uma “concretização”, depois de dois anos de contributo para o conhecimento. “Nós gostamos de questionar de forma alicerçada no conhecimento, com base na dúvida e não na mera opinião”, explicou a autora.

                Filipe Froes destacou o sucesso originado pela parceira entre a medicina e o direito e revelou que pretendem dar continuidade à sinergia literária. “Tencionamos continuar a contribuir para o esclarecimento, para a verdade, para fundamentar as melhores decisões que temos de tomar na vida perante as ameaças como a Covid-19″, concluiu.