Recomendação
Escolha não usar antibióticos quando não são necessários e não os manter por mais tempo do que o necessário.
Justificação
Na presença de choque séptico ou face ao diagnóstico claro de infeção bacteriana grave, o antibiótico deve ser iniciado nas primeiras horas, mas quando o doente não apresenta disfunção orgânica e o diagnóstico de infeção não é certo, é possível e adequado optar por uma estratégia de omissão de início de terapêutica antibiótica e vigilância. Uma vez iniciada terapêutica antibiótica, ela deve ser reavaliada pelo menos diariamente e os antibióticos devem ser suspensos logo que possível, sendo que são raras as situações em que a terapêutica antibiótica adequada deve ser prolongada por mais de 7-8 dias.
A informação apresentada nesta recomendação tem um propósito informativo e não substitui uma consulta com um médico. Caso tenha alguma dúvida sobre o conteúdo desta recomendação e a sua aplicabilidade no seu caso particular, deve consultar o seu médico assistente.
Bibliografia
- ECDC (2019). ECDC point prevalence survey of health-care-associated infections and antimicrobial use in european acute care hospital: 2016-2017 (preliminary results). Available at https://www.oecd.org/health/health-systems/AMR-Tackling-the-Burden-in-the-EU-OECD-ECDC-Briefing-Note-2019.pdf
- Plachouras D, Hopkins S. Cochrane Database of Systematic Reviews. Antimicrobial stewardship: we know it works; time to make sure it is in place everywhere. Version published 09 February 2017. doi: 10.1002/14651858.ED000119
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Uma recomendação de:
Colégio da Especialidade de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos
Recomendação subscrita por:
Colégio da Especialidade de Nefrologia da Ordem dos Médicos
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