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Não são “medidas avulsas nem remendos de última hora” que salvarão o SNS. O futuro da medicina de proximidade “exige ação imediata”. Uma ideia expressa pelo Bastonário da Ordem dos Médicos após tomar conhecimento dos resultados do concurso de colocação de médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF). O mais recente concurso de colocação para recém-especialistas “comprova uma profunda crise estrutural” no SNS. Abriram 582 vagas, existiam 411 candidatos, mas apenas 219 optaram por escolher uma vaga no sistema público. Carlos Cortes explica que “é fundamental a abertura de todas as vagas disponíveis em MGF, onde existem utentes sem médico de família, e concursos regulares de mobilidade que permitam aos médicos ajustar o seu percurso às necessidades do sistema e às condições pessoais e profissionais.” O Ministério da Saúde, ao não abrir concursos nas regiões carenciadas, “empurra médicos para fora do SNS, comprometendo o acesso das populações a cuidados primários de saúde. Um problema de gestão e não de recursos”, destaca o Bastonário da Ordem dos Médicos. Carlos Cortes incompreensível que “todos os anos dezenas de jovens especialistas terminem a formação sem conseguirem aceder a uma vaga no SNS, precisamente nas zonas onde fazem falta.” O Bastonário da Ordem dos Médicos afirma que continuam a verificar-se “impedimentos causados por processos demorados e burocráticos que,geram bloqueios.” Com transparência nos concursos, é de vital importância “criar respostas rápidas de forma a garantir cuidados de saúde às populações.”

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