O Conselho de Finanças Públicas elaborou e divulgou um relatório sobre o desempenho do Serviço Nacional de Saúde (SNS) face ao ano de 2024. De acordo com o Conselho, que fiscaliza o cumprimento das regras orçamentais e a sustentabilidade das finanças públicas, o SNS tem sofrido um crescimento acentuado de despesas, especialmente em recursos humanos e medicamentos hospitalares o que constitui um desafio para o “próprio sistema e para as finanças públicas”. As unidades do SNS gastaram 465 milhões de euros com o pagamento de 17,9 milhões de horas de trabalho suplementar em 2024, ano em que a contratação de serviços médicos custou quase 230 milhões de euros aos hospitais. O relatório diz também que “de acordo com a conta consolidada provisória elaborada pela ACSS, o SNS registou, em 2024, um défice de 1377,6 milhões de euros, representando uma deterioração de 741 M€ face a 2023”. Apesar do relatório indicar que aumentou o número de médicos de família, Carlos Cortes explica que o aumento é relativo ao número de médicos recém-formados em Medicina Geral e Familiar, mas que não reflete um número maior destes médicos no SNS. O Bastonário afirma que “desde há sensivelmente duas décadas surgiu um pensamento político que não acha necessário valorizar os profissionais de saúde para conseguir desenvolver o SNS e portanto, não se apostou verdadeiramente nesta reforma de organização do trabalho”. Carlos Cortes acrescentou ainda que ao não atualizaram-se “as carreiras profissionais, hoje o SNS não é atrativo como poderia e deveria ser, por falta de, em primeiro lugar valorização dos profissionais e em segundo lugar da forma como o sistema público de saúde está estruturado”.
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