2ª edição do Congresso Nacional de Internos de Medicina Intensiva
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O congresso realizou-se nos dias 14 e 15 de abril de 2025, na Covilhã, no auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. De acordo com a organização, o evento teve como objetivo reunir especialistas e médicos internos com interesse na formação em Medicina Intensiva, proporcionando um ambiente de aprendizagem e partilha de conhecimento científico nos atuais desafios da Medicina Intensiva, bem como uma maior proximidade entre colegas de norte a sul do País. Reportando a importância da Medicina Intensiva “que existe há muitos anos, mas, como especialidade e como formadora de internos, é relativamente jovem”, Manuel Teixeira Veríssimo, em representação do Bastonário da Ordem dos Médicos, assinalou o quanto ela também “representa a evolução da própria medicina em si e, da Medicina Intensiva, em particular”. Na sua intervenção alertou: “Nem tudo é sempre bom, nem tudo é sempre mau. Esta especialização - que é fundamental - leva-nos, muitas vezes, a sabermos mais de menos coisas. Durante dois dias, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, decorreu a 2ª edição do Congresso Nacional de Internos de Medicina Intensiva, um evento organizado pela Associação de Internos de Medicina Intensiva. Manuel Teixeira Verissimo destacou ainda, de forma positiva, o congresso: “Este espírito que estão aqui a criar como internos é importante, porque embora o corporativismo seja mau quando é levado ao excesso, ao invés quando é tido para nos proteger, este espírito de corpo é importante. É isto que nos leva, muitas vezes, nós médicos, a fazermos não apenas aquilo que somos obrigados, aquilo que temos de cumprir por lei, mas aquilo que devemos cumprir pela nossa missão como médicos. Por isso, felicito-vos por esta iniciativa. Espero que venham a ser muito e bons médicos. E que saibam também encarar os desafios que aí vêm."
Por fim, alertou para os desafios que irão enfrentar: “Porque os desafios para a Medicina, em geral, mas em particular mesmo para esta área, também vai acontecer. Vai acontecer porque a sociedade cada vez vai ser mais exigente, vai criar melhores tratamentos, etc. Mas também temos um outro desafio, que também desafia toda a Medicina, que é, por exemplo, a Inteligência Artificial. Claro que a Inteligência Artificial é boa, é excelente, desde que é aproveitada para nos dar mais capacidade para tratarmos melhor o doente. E também o desenvolvimento tecnológico, cada vez é melhor. E a Medicina brinca também muito bem a esta área. Desejo-vos felicidades por isso. Desejo-vos que utilizem todas essas tecnologias, mas não se esqueçam sempre da parte muito importante, a parte fundamental da Medicina, que é o Humanismo.”
O congresso incluiu sessões plenárias e diversos workshops, garantindo a cada participante acesso a um workshop por cada dia de evento. Além disso, os participantes tiveram a oportunidade de apresentar trabalhos na área da Medicina Intensiva em formato de póster, acompanhados de comunicação oral, que foi avaliada por um júri designado pela Comissão Organizadora. Este congresso contou com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI).
Pode consultar aqui todas as edições da Revista da Ordem dos Médicos (ROM), publicação de atualidade onde damos frequentemente a conhecer exemplos de inovação, ética e humanismo dos nossos médicos.