Saúde materna e das crianças é das maiores carências do SNS
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Os inúmeros encerramentos recentes de urgências pediátricas e de obstetrícia por todo o país causam grande insegurança e comprometem os cuidados de saúde de grávidas e crianças. O que devia ser um direito fundamental dos mais vulneráveis sofre atualmente grandes constrangimentos devido à falta de resposta e soluções capazes de assegurar uma saúde materno-infantil com qualidade. As especialidades de Pediatria, Obstetrícia e Ginecologia ou Neonatologia representam algumas das áreas com maiores carências do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Atendendo aos números, estão registados 1960 médicos nas especialidades de Obstetrícia e Ginecologia, mas apenas 748 estão no SNS, representando menos de metade. Em termos de pediatras, estão registados 2529 e apenas 1325 estão no setor público, o que representa ligeiramente mais de metade. Em declarações à imprensa, Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, refere os atrasos burocráticos como sendo entraves para resolver a situação. Os jovens médicos acabaram a especialidade em março e “até aos dias de hoje, e apesar das recomendações da Ordem dos Médicos, eles não sabem que vagas vão abrir no país, quando aquilo que seria desejável era que logo em janeiro o Ministério da Saúde divulgasse as vagas.” Neste intervalo de tempo (de janeiro a março) o setor privado tem oportunidades extraordinárias para poder contactar os médicos e contratá-los para os seus quadros. A Ordem dos Médicos já avisou que é necessária uma reforma profunda no setor para atrair mais médicos.
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Pode consultar aqui todas as edições da Revista da Ordem dos Médicos (ROM), publicação de atualidade onde damos frequentemente a conhecer exemplos de inovação, ética e humanismo dos nossos médicos.