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É preciso conhecer e analisar dados de Mortalidade Infantil
Ordem renova apelo à constituição de grupo de trabalho com a DGS

O número efetivo de óbitos de crianças até um ano aumentou em 2024, com 42 óbitos a mais que no ano anterior. Sendo essa área um grande revelador do estado dos cuidados de saúde de um país, a Ordem dos Médicos alertou em comunicado que esse crescimento exige de todos nós uma maior atenção à saúde materno-infantil para que possamos agir na prevenção de mortes evitáveis. Em paralelo com este acréscimo surgem outros dados igualmente preocupantes sobre o aumento da mortalidade, na faixa etária dos 15 aos 24 anos, nos últimos 3 anos. O aumento do número de óbitos, nesse escalão de idade, está em oposição à tendência de descida que se verificou desde os anos 90 até 2021, ano em que houve 312 mortes. Em 2022 ocorreram 375 óbitos, em 2023 foram 359 e em 2024 temos a lamentar a morte de 363 jovens, entre os 15 e os 24 anos. Tais indicadores precisam ser esclarecidos através da análise detalhada dos certificados de óbito, como reforçou Almerinda Barroso, membro da direção do Colégio de Pediatria da OM, em declarações à RTP. É igualmente fundamental que se torne público o número total de nados vivos para se poder calcular a Taxa de Mortalidade Infantil para o ano transato. Tal como afirma Carlos Cortes, na sua crónica desta semana, no Correio da Manhã, “sem essas informações, qualquer conclusão será mero ‘achismo’ e, como tal, injustificada”. A Ordem dos Médicos reiterou, tal como há um ano, a necessidade da DGS criar um Grupo de Trabalho que se debruce sobre o tema da mortalidade infanto-juvenil, salientando ter toda a disponibilidade em colaborar.

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