Na quarta edição do Prémio Miller Guerra, a Ordem dos Médicos atribuiu o galardão ao pneumologista António Ramalho de Almeida, homem reconhecido pelos pares e pelos doentes. O pneumologista Raul Amaral Marques fez a apresentação do homenageado, começando por recordar quase 50 anos de amizade e respeito mútuo, descrevendo António Ramalho de Almeida como um homem com grande “sentido de dever”, um “bom organizador dos serviços médicos”, com “qualidades didáticas” que se refletiam na forma como partilhava com todos os seus conhecimentos médicos. Mas falou também da sua vertente cultural e da vasta obra
Enquadrando o trabalho do júri, a quem agradeceu na pessoa de Jorge soares e Alexandre Valentim Lourenço, o bastonário da OM, Miguel Guimarães, sublinhou que António Ramalho de Almeida foi escolhido entre 14 candidaturas e cumprimentou o galardoado pelo muito que fez “pela medicina, pelos nossos doentes e pelas artes em geral”, na sua faceta de “homem multidimensional” como, considerou, todos os médicos deveriam ser. Entre as presenças que honram esta quarta edição do Prémio Miller Guerra, o bastonário referiu não apenas a diretora geral de saúde, mas também dois dos vencedores de anteriores edições – Victor Ramos e Gentil Martins – e, entre tantos outros, o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, também presente na cerimónia. “António Ramalho de Almeida fez um percurso notável”, frisou, destacando o trabalho realizado na área da tuberculose, nomeadamente por ter sido ele um dos autores do plano nacional de luta contra essa doença. Tempo ainda para uma referência ao contributo dado para o livro sobre a relação médico-doente, obra de grande importância que a OM editou e que procura ser o primeiro passo para que essa relação se possa tornar património imaterial da humanidade, muito relevante no atual contexto. “Obrigado pelo que fez pelos nossos doentes e por honrar a Ordem dos Médicos. Esta é uma homenagem muito justa”, concluiu Miguel Guimarães.
Tomando a palavra o homenageado, além de assumir a surpresa desta candidatura, feita por iniciativa de amigos, António Ramalho de Almeida agradeceu a todos a presença, lembrando amigos, mestres e família, sem a qual nada seria possível. O pneumologista não escondeu a sua emoção nomeadamente por ser merecedor de tanto apoio, de tantas pessoas, mas também por este ser o Prémio da OM que vai buscar o nome e a motivação a Miller Guerra, um homem especial, inteligente e corajoso.
