No primeiro semestre do ano nasceram 38 580 bebés. Destes, 49 recém-nascidos não resistiram, tal como 29 bebés com menos de um mês de vida e 41 entre os 28 dias e 1 ano. Fazendo um total de 119 mortes em bebés de até um ano de idade em Portugal. São mais 29 mortes do que em igual período do ano passado, segundo dados do Portal da Vigilância da Mortalidade da DGS. É o valor mais alto desde 2018, e o terceiro maior num período de 10 anos.
Em resposta ao aumento da mortalidade, a DGS afirma apenas que “mantém o acompanhamento da situação” e relembra que a taxa de mortalidade infantil por ano civil é agrupada “por períodos de 5 anos”.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, defende que em vez de análises a 5 anos, estas devem ser realizadas todos os anos. “É importante perceber se isto está a acontecer no acesso aos cuidados de saúde de uma forma global, se a vigilância das grávidas tem sido feita da forma mais adequada ou se há dificuldades na realização de exames, por exemplo.”
O representante dos médicos afirma também que as respostas a estas questões devem ser “mais rápidas” e dinâmicas por parte da DGS. A Ordem dos Médicos vai, brevemente, enviar uma carta à DGS a solicitar os dados referentes a estas mortes depois do bastonário reunir com os Colégios da Especialidade de Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria e Neonatologia.