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Ordem questiona Centro Hospitalar do Médio Tejo sobre médicos sem suposta formação adequada

A Ordem dos Médicos tomou esta semana conhecimento, através de notícia veiculada pelo jornal Correio da Manhã, de uma suposta situação irregular, em que um conjunto de médicos sem formação adequada terão assegurado o serviço de urgência pediátrica do Hospital de Torres Novas.

Na sequência desta informação, a Ordem dos Médicos interpelou no próprio dia o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), no sentido de obter mais informações sobre a situação e sobre os médicos visados, para poder verificar internamente algumas informações e agir em conformidade.

Em resposta ao ofício do bastonário, o atual presidente do CHMT confirmou os factos vindos a público, frisou que os mesmos remontam a 2017 e adiantou que as informações recolhidas apontam para a falsificação de documentos por parte da empresa prestadora de serviços, sem conhecimento dos médicos envolvidos, pelo que o Conselho de Administração entregou o caso ao Ministério Público.

O bastonário da Ordem dos Médicos aproveitou a mediatização deste processo para insistir num tema que está longe de ser resolvido, apesar dos vários alertas que tem feito. Segundo Miguel Guimarães lembrou, a contratação através de empresas é mais onerosa e oferece menores garantias, pelo que deve ser evitada, preferindo-se antes a relação contratual direta com os médicos. A aposta em carreiras dignas e em projetos profissionais aliciantes deve ser o caminho para o Serviço Nacional de Saúde prestar cuidados de qualidade e humanizados a todos os doentes, pelo que o bastonário sublinhou, uma vez mais, que é preciso investir nos médicos e valorizar a dedicação diária que entregam ao SNS e aos doentes.