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Miguel Guimarães: A prioridade é proteger as pessoas mais frágeis

Em análise à chamada “sexta vaga” da pandemia de Covid-19 em Portugal, o bastonário da Ordem dos Médicos relembrou que, felizmente, “o aumento da mortalidade e dos internamentos não é proporcional ao aumento do número de infeções”, contudo defende que a medida prioritária do Governo e dos profissionais de saúde deve ser “procurar proteger as pessoas mais frágeis.”

“Nós sabemos que as pessoas que estão a ser internadas com doença grave são pessoas mais velhas com doenças associadas, como diabetes, pessoas imunodeprimidas, como transplantados ou doentes oncológicos ou pessoas com doenças que afetam direta ou indiretamente o sistema imunológico.”

Miguel Guimarães defendeu, em declarações à CM TV, que o Governo deve ser capaz de diferenciar as pessoas com doença grave das pessoas com sintomatologia leve ou nula uma vez que se não o fizer “poderá ter que retomar a obrigatoriedade da utilização de máscara em outras circunstâncias além dos transportes públicos, hospitais e lares.”

Para o representante dos médicos, os grupos mais vulneráveis à doença grave devem ser protegidos, por um lado através da utilização de máscara em locais públicos – “se este tipo de pessoas começarem a ser alertados para isso e começarem a ter estes cuidados, nós vamos voltar a diminuir a gravidade da doença” – e, por outro, através do reforço da vacinação que “está a decorrer de forma muito lenta neste momento.”

O bastonário da OM já defendeu várias vezes que a dose de reforço seja alargada a todas as pessoas com mais de 60 anos e não exclusivamente às que têm mais de 80 anos, reconhecendo sempre a prioridade das últimas. “É fundamental reforçar [a vacina] a partir dos 60 anos e todos os grupos de risco falados anteriormente. No mais curto espaço de tempo possível, porque se estamos a atravessar a fase aguda agora, vacinar daqui a 2 ou 3 meses já não terá a mesma eficácia.”