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Declaração do Gabinete de Crise sobre Reguengos

O Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos para a COVID-19, na sequência dos factos e declarações recentemente vindas a público sobre o surto ocorrido numa ERPI em Reguengos de Monsaraz, onde foram registados 18 óbitos, vem:

 

  1. Lamentar o ocorrido e expressar sentidas condolências aos familiares de todas as vítimas;
  2. Insistir na importância de lideranças na saúde que sejam claras, fortes e independentes, e a necessária adequação de meios para uma resposta de qualidade a todos os doentes;
  3. Reafirmar que todas as medidas de fiscalização e auditorias externas que contribuam para a melhoria assistencial e a prevenção de acontecimentos nefastos devem ser aproveitadas para melhor combater o atual surto e situações futuras;
  4. Manifestar todo o apoio e solidariedade para com a equipa de auditores da Ordem dos Médicos que contribuiu, de forma graciosa e oportuna, em apenas duas semanas, para apurar os factos numa matéria tão sensível, e que se centrou nos doentes e nas vítimas;
  5. Assegurar que os médicos portugueses vão continuar no terreno ao lado dos seus doentes, seja presencialmente nas urgências, nos internamentos, ou nos gabinetes de consulta, ou por videoconferência em reuniões científicas ou na comunicação social, ou na vigilância epidemiológica e implementação de medidas de controlo da pandemia, num esforço de conciliação acrescido nesta fase extraordinariamente difícil, mas que tem sido essencial para o conhecimento mais profundo da atual pandemia e do seu impacto nos doentes COVID e não COVID;
  6. Garantir que continuará a acompanhar a atual pandemia, zelando pelos direitos dos doentes, sobretudo dos mais frágeis, e sem abdicar do dever de denúncia e de recomendações construtivas.

 

Lisboa, 21 de agosto de 2020

O Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos para a COVID-19

2020.08.21_NI – Declaração do Gabinete de Crise sobre Reguengos