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Congresso da Ordem dos Médicos encerrado com entrega de medalhas de mérito

É já tradição que os congressos da Ordem terminem com a entrega das medalhas de mérito atribuídas a médicos que, em determinadas áreas de intervenção, se distinguiram ao longo da sua carreira. Este ano não foi exceção.

Eis a lista de todos os médicos agraciados: Agostinho de Almeida Santos (a título póstumo), Alexandre Castela, António Sarmento, Jaime Azedo, Eduardo Barroso, Fausto Pinto, Fernando Araújo, Isabel Cássio, Joaquim Falcão (a título póstumo), José Manuel Tereso, José Manuel Costa, Maria Amélia da Silva, Maria do Carmo Caldeira, Maria Inácia Rosa, Mário Jorge Neves, Regina Rodrigues, Rui César e Rui Victorino.

“Vocês honram e dignificam a Ordem dos Médicos”, disse, minutos mais tarde, na sessão de encerramento, Miguel Guimarães. O bastonário falava dos médicos homenageados com a medalha de mérito, mas não só. “Acredito que a distinção que entregamos agora a alguns médicos a título individual, possa, este ano, ser sentida também como uma homenagem extraordinária a todos os médicos”. Já Catarina Matias, presidente da comissão organizadora deste congresso, sublinhou que a cerimónia “simboliza o nosso respeito por todos vós”, esperando que tenha sido “um momento especial e memorável para todos”.

No discurso de encerramento, Miguel Guimarães, citando uma frase do filme “A Lista de Schindler”, realçou que “quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”, definindo estas palavras como exemplo do que os médicos fizeram durante este ano de pandemia. Todos eles, sem exceção de especialidades, independentemente da falta de recursos com que se debateram. As palavras foram alargadas aos “médicos reformados e médicos internos que se disponibilizaram para ajudar o país”.

O bastonário destacou também o “sentido humanista e solidário” que todos os profissionais demonstraram, bem como a “liderança clínica” e a “capacidade de pensar e fazer diferente”. “Obrigado pelo contributo que todos vocês deram para salvar vidas”, concluiu.

O presidente do Conselho Regional do Centro e presidente executivo do congresso, Carlos Cortes, dirigiu-se ao auditório cheio (mas sempre cumprindo as regras da DGS) para destacar o “exemplo para todos nós” que representam os seus colegas que tinham acabado de ser medalhados. Num balanço analítico dos quatro dias de congresso, Carlos Cortes lançou o desafio da “humanização”, tema que o preocupa particularmente, sobretudo no que diz respeito à “perda de importância do valor da pessoa, que tem acontecido nas nossas sociedades nos últimos anos”. “Tenho imenso orgulho em ser médico e tenho imenso orgulho nos médicos de Portugal que dignificam a sua profissão todos os dias”, finalizou, com tom esperançoso no futuro.

A Região Autónoma da Madeira esteve representada ao mais alto nível pelo seu Secretário Regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos. O dirigente fez questão de estar presente neste congresso para homenagear os médicos medalhados que pertencem ao arquipélago. “Tenho orgulho na vossa competência, humanização e saber”, transmitiu.

Para completar aquela que foi uma verdadeira manifestação de união nacional, José Manuel Bolieiro, Presidente do Governo Regional dos Açores, tomou a palavra para enaltecer o “reconhecimento nacional atribuído pela Ordem dos Médicos a médicos dos Açores” e o “orgulho pela excelência das suas qualidades profissionais e gratidão pela dedicação no quadro das missões desempenhadas no Serviço Regional de Saúde dos Açores, para bem dos nossos doentes e populações”.

A sessão seria encerrada pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales. O governante prestou um reconhecimento à Ordem dos Médicos, e ao bastonário, “pela proatividade e pela sua dedicação” em benefício dos profissionais e dos doentes. Lacerda Sales confessou não ter palavras para “descrever o sentimento do país de gratidão para convosco [médicos]”. “Quero louvar publicamente o vosso trabalho, tanto dos médicos especialistas, como dos médicos internos e dos próprios estudantes de medicina. São o nosso maior valor e precisamos de todos”, vincou, terminando com a convicção de que “é tempo de olhar para o futuro, minimizando desigualdades sociais e de acesso a cuidados de saúde”.

Na mesa de encerramento estiveram também presentes os presidentes dos conselhos regionais do Norte e do Sul da Ordem dos Médicos, António Araújo e Alexandre Valentim Lourenço, respetivamente.