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Casos graves de Covid-19 em crianças são raros, mas reforçam importância do caminho da ciência

O bastonário da Ordem dos Médicos e o Gabinete de Crise para a Covid-19 tomaram conhecimento da informação clínica avançada pelo Centro Hospitalar Universitário de São João, que tem internada uma criança de apenas um ano por agravamento da doença Covid-19, com necessidade de recurso ao equipamento ECMO.

Neste contexto, além de uma palavra de confiança à equipa de excelência que acompanha a criança, e de solidariedade para com a família neste momento difícil, o bastonário e o Gabinete de Crise vêm insistir publicamente na importância de não se desvalorizarem os efeitos desta infeção nas mais variadas faixas etárias.

“Mesmo na nova fase da pandemia em que nos encontramos, e que tem permitido a reabertura progressiva da sociedade, é essencial que não nos esqueçamos do caminho difícil que percorremos e do que conseguimos alcançar”, refere o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

“A vacinação introduzida há pouco mais de um ano nos vários países, e que foi sendo alargada a várias faixas etárias, permitiu mudar o curso da pandemia e tornar a doença Covid-19, regra geral, menos grave. No caso concreto das crianças, é verdade que a infeção tende a ser mais benigna, mas os casos graves existem e não devem ser desvalorizados”, reforça o coordenador do Gabinete de Crise, Filipe Froes.

“Todas as vidas importam e a vida de uma criança deve ser protegida de forma ainda mais especial, pelo que nos preocupa o palco que é dado a discursos inconsistentes e que, sobretudo, não têm qualquer respaldo na evidência científica produzida sobre os efetivos riscos da doença nas crianças e a segurança e benefícios da vacinação”, acrescenta o bastonário.

Lisboa, 05 de fevereiro de 2022