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Bastonário da Ordem dos Médicos apela ao Governo para consenso que evite a greve

Comunicado de Imprensa

Bastonário da Ordem dos médicos apela ao Governo para consenso que evite a greve

O Fórum Médico reuniu esta terça-feira à tarde e os Sindicatos anunciaram uma greve nacional para os próximos dias 10 e 11 de maio. A Ordem dos Médicos – compreendendo que há razões que sustentam a convocação da greve devido à falta de condições de trabalho dos seus profissionais – apela ao Ministro da Saúde “para o consenso com os sindicatos para que a greve não seja necessária”.

A Ordem dos Médicos (OM) reuniu esta terça-feira à tarde com o Fórum Médico para discutir as matérias que estão em negociação com o Ministério da Saúde e, perante a decisão de os Sindicatos convocarem uma greve nacional para 10 e 11 de maio, o Bastonário da OM lançou um apelo ao Ministério da Saúde. “Não há dúvida de que existem razões que legitimam que os médicos possam fazer greve, mas apelo ao ministro da Saúde para chegar a um consenso com os sindicatos que evite que a greve seja necessária”, afirmou Miguel Guimarães à saída do plenário que integra a OM, os sindicatos e as associações médicas.

“A situação do SNS não espelha a dignidade que os médicos merecem e prevalecem enormes dificuldades no acesso aos cuidados médicos essenciais, algo que lesa imediatamente os doentes”, acrescentou, admitindo que “o Governo tem manifestado um grande desprezo pelos médicos, pelo que os sindicatos se sentem empurrados para a greve”.

Para Miguel Guimarães, a relação médico-doente deve ser uma prioridade: “Como a Ordem tem afirmado repetidamente, a qualidade do atendimento dos doentes e do diagnóstico não se compadece com a pressão de horário a que os médicos estão sujeitos. A probabilidade de erro médico aumenta muito nestas circunstâncias”, salientou, recordando ainda o aumento de casos de burnout na classe médica. O

Bastonário destacou ainda que “é preciso reforçar a capacidade de formação e massa crítica para continuarmos a ter um bom Serviço Nacional de Saúde que evite a saída de jovens médicos e que se degrade a excelência da profissão.”