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Alívio de medidas pode acontecer nos próximos 15 dias

Para o bastonário da Ordem dos Médicos, a “fase positiva” da pandemia em que nos encontramos, “em que a infeção está claramente a decrescer”, permite que avancemos para um alívio das restrições já nos próximos 15 dias.

Ouvido pela CNN Portugal a propósito do momento da pandemia que vivemos em Portugal, quando vários países europeus decidiram reduzir as restrições que tinha imposto, Miguel Guimarães defendeu que temos condições para reduzir as restrições. Por exemplo, no que diz respeito ao isolamento de pessoas infetadas, o bastonário lembrou que já há 3 semanas que a Ordem dos Médicos propôs o encurtamento do prazo de sete para cinco dias, ainda que se deva continuar a recomendar a máscara após este período. “No final dos cinco dias, esta variante vê a sua força de contágio muito diminuída”, garantiu.

Da mesma forma, Miguel Guimarães acredita que é também o momento de mudar a política de testagem, uma vez que o sistema está saturado, e mesmo quem tem sintomas acaba por nem sempre ter acesso a um teste em tempo útil. Deixar de testar indiscriminadamente quem não tem sintomas é uma das hipóteses, asseverou, sugerindo, ainda que a Direção-Geral da Saúde deixe de publicar boletins diários com o número de casos, e aposte antes numa divulgação semanal mais robusta e completa.

A máscara é, pelo contrário, a medida mais consistente e que Miguel Guimarães acredita que ainda tem um papel importante. “A máscara será a última coisa a cair”, afirmou, lembrando que continua a ser importante, sobretudo em espaços fechados, e no final do período de isolamento, em que as pessoas devem continuar a evitar ajuntamentos. Ainda assim, entende que na Primavera pode deixar de ser necessária mesmo em espaços fechados, ainda que se possa manter, por exemplo, para pessoas mais vulneráveis.

O último tema abordado pela CNN diz respeito ao certificado digital, com o bastonário a reconhecer que “entre imunidade natural e vacinação completa” teremos a população praticamente toda protegida muito em breve – tornando-se o documento desnecessário.

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