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Admissão de um doente crítico no Serviço de Medicina Intensiva

Recomendação

Escolha não atrasar a admissão de um doente crítico no Serviço de Medicina Intensiva.

Justificação

Um dos papéis fundamentais do intensivista é a adequada e atempada seleção de doentes para tratamento em unidades com camas de nível III (intensivas) e II (intermédios), de forma a que uma equipa de profissionais dirigida ao doente crítico possa, no ambiente de cuidados adequado, definir e implementar a estratégia de cuidados e tratamento. Apesar da cada vez mais frequente presença de intensivista fora das unidades de cuidados intensivos (UCI) e da crescente capacidade de criar ambientes de UCI “avançadas” atenuarem esse efeito, vários estudos apontam o tempo entre admissão no hospital e admissão em UCI como determinante negativo no resultado clínico.

A informação apresentada nesta recomendação tem um propósito informativo e não substitui uma consulta com um médico. Caso tenha alguma dúvida sobre o conteúdo desta recomendação e a sua aplicabilidade no seu caso particular, deve consultar o seu médico assistente.

Bibliografia

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Uma recomendação de:

Colégio da Especialidade de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos

Choosing Wisely Portugal
Escolhas Criteriosas em Saúde